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O poker, assim como diversos outros esportes, tem a capacidade de nos ensinar muito, não só a respeito da modalidade em si, mas também sobre diversos aspectos importantíssimos de nossas vidas.

Um deles é a perseverança e a certeza de que a dedicação, a disciplina e acreditar em si mesmo podem trazer grandes conquistas.

Na realidade, quando falamos em poker ou em qualquer outro esporte da mente, a relação entre o esforço do praticante e os resultados que alcança é muito mais presente, já que para se jogar poker não é preciso possuir um biotipo adequado (como é o caso da altura para o basquete), preparo físico invejável (como acontece para os maratonistas) ou um talento inato fora de série (como vemos nos maiores craques do futebol).

É claro que algum condicionamento físico sempre é importante, seja para aguentar a rotina no online ou nos torneios ao vivo, e o talento natural também é desejável mas não são fatores imprescindíveis para o sucesso.

Um dos grandes atributos da sociedade americana que pode ser considerado um reflexo do sistema capitalista é a enorme gama de oportunidades que podem transformar a vida de qualquer um.

E a esse respeito não há em todos os EUA uma cidade que represente isso mais que Las Vegas também conhecida como "o lugar onde sonhos se tornam realidade".

E disso o nosso personagem de hoje, Mike Kosowski, entende como ninguém.

Mike é um policial aposentado que trabalhava em New York e inclusive atuou nas equipes que prestaram socorro no trágico 11 de setembro de 2001.

Logo após a black friday publicamos um artigo contendo o desabafo do profissional americano Matt Matros com relação às restrições impostas ao jogo online em seu país e, por consequência, à sua profissão.

No ano passado o jogador de poker, professor, engenheiro de software e formado em Yale arrebatou seu primeiro bracelete no evento de nº 12 disputado na modalidade limit hold´em na série de 2010.

Agora, no evento nº 52 de Mixed Hold´em (que alterna No Limit e Limit Hold´em a cada 30 minutos) o americano novamente foi o campeão e conquistou o seu segundo bracelete da série.

No caso de Matros, além da conquista marcante o mais novo título pode ser uma grande compensação por tudo o que ele e os demais americanos têm passado com a impossibilidade de exercerem suas atividades profissionais online.

Cinco. Cinco letras para André, cinco anos de carreira, cinco horas de heads up e um bracelete que vale por cinco, ou por 25, cinco vezes cinco.

Não há como descrever a alegria legítima que invadiu todos os brasileiros que tiveram o privilégio de conhecer Akkari em algum momento (pessoalmente ou online mesmo) e acompanhá-lo nas mesas, na TV, no twitter e onde mais o brasileiro estivesse.

E na terça-feira, 28 de junho, ele estava onde todos queriam, há muitos anos: numa decisão de um evento de WSOP e o desfecho foi o melhor possível, o segundo bracelete brasileiro, um título de reconhecimento internacional e a consagração de uma carreira mais que vitoriosa e de uma vida dedicada não só ao poker mas a fazer o bem e a fazer bem feito.

Este é André Akkari, um campeão da vida e que por conta de justiça nem sempre comum no poker, também alcançou um título que muitos profissionais renomados, que possuem muito mais tempo de carreira não têm, e talvez nunca terão.

O evento nº 43 da World Series of Poker de 2022 começou no sábado com 2857 inscritos e neste exato momento apenas dois jogadores permanecem na disputa.

Para nossa alegria um deles é André Akkari, verdadeiro ícone do poker nacional e que só tem o americano Nachman Berlin entre ele e o segundo bracelete brasileiro de WSOP.

Os jogadores voltarão à mesa às 15:00 horas de Las Vegas (19:00 horas de Brasília) e o chip leader é Nachman com 9.465.000 fichas enquanto Akkari tem 3.400.000 em seu stack e os blinds voltam 60K/120K.

Situação extremamente confortável para o brasileiro que tem poker de sobra para alcançar o título e que começou o dia de ontem com apenas 12 big blinds.

O mais impressionante disso tudo é a maneira com a qual Akkari trata as situações vividas nas mesas e fora delas, por mais sérias que sejam ou mais decisivo que o momento se apresente.

Uma das marcas de André é justamente a sobriedade com a dose certa de otimismo, qualidades fundamentais para o sucesso e especialmente necessárias em momentos como este.

Mencionar o nome de Alexandre Gomes como um dos grandes expoentes do nosso poker é chover no molhado. Não há dúvida de que o jogador profissional do time do PokerStars e sócio de André Akkari e Gualter Salles no projeto pioneiro no Brasil chamado TvPokerPro, é, sem dúvida, um dos maiores talentos que o Brasil, e o mundo do poker, já viram nascer.

Suas conquistas, que já renderam dois braceletes de respeito, falam por elas mesmas e ainda provam que, em se tratando de um jogo de habilidade, no poker um raio cai sim, duas e muitas outras vezes, no mesmo lugar.

E nesta semana o curitibano das mesas foi protagonista de mais um marco extremamente positivo para o esporte brasileiro. Simplesmente foi nosso único compatriota a figurar na lista de jogadores de poker de todo o mundo elaborada pelo projeto Federated Sports + Gaming.

Mas o que seria este tal FS+G e qual a verdadeira importância dessa lista?

Desde o começo deste ano temos acompanhado grandes feitos online de Hugo "adametes" França.

Não que o jogador de Brasília só tenha tido resultados neste ano de 2011, pelo contrário, já vem mostrando serviço há muitos anos e reconhecido como um dos talentos do nosso poker desde o início do esporte no país.

E de 2006 (quando fez seu primeiro - e único - depósito de US$ 50,00) para cá, muitas conquistas foram alcançadas pelo nosso profissional o que inclui, só para falar das mais recentes, um belíssimo 3º lugar no Sunday Mulligan do Full Tilt Poker.

E uma semana depois, mais precisamente no dia 08 de fevereiro deste ano, Hugo mais uma vez encarou um field duríssimo no FTOPS XIX quando ficou em 2º lugar no evento de nº 4 e, apesar de ganhar um belo prêmio, ficou sem o avatar personalizado da série, conferido aos campeões, igual ao que Fábio "Deu Zebra" Monteiro conquistou pela primeira vez para o Brasil em 13 de fevereiro de 2007.

Já falamos bastante sobre o colapso do poker online nos EUA, ao menos no que diz respeito aos gigantes do segmento, o pronunciamento oficial das autoridades, a liberação dos domínios para viabilizar os cashouts, o impacto no Brasil (especialmente positivo para os jogadores brasileiros) e também algumas matérias escritas por americanos contendo opiniões de quem vive de perto a realidade do país.

Mas isso não é o bastante.

Faltava conferir as impressões dos jogadores profissionais americanos, sem dúvida a classe mais afetada pela black friday.

Uma das mais simpáticas figuras do cenário do poker brasileiro é Gualter Salles, o "Gualtinho". Este ex-piloto nascido em Niterói e um dos nossos representantes no time de profissionais do PokerStars é um grande exemplo de competitividade, determinação e foco, qualidades que ele trouxe das pistas para as mesas e que se mostraram fundamentais para o seu sucesso no poker.

Prova da sua grande fase é o anúncio feito ontem em seu twitter a respeito da renovação do contrato com o PokerStars e, a pedido de Gualter, em seu 4º ano representando o maior site de poker do mundo, integrará o Sportstars, um dos times do site formado por ex-atletas e esportistas, por acreditar que esta categoria de patrocinados se enquadre melhor em seu perfil.

Ninguém discorda do fato de que o nova iorquino Erik Seidel é um dos maiores nomes do poker mundial algo mais que provado pelo seus resultados consistentes obtidos numa sólida carreira que já dura respeitáveis 24 anos.

Antes de conhecer o poker Seidel jogava gamão (assim como nossos pioneiros Christian Kruel e Raul Oliveira) e também trabalhou no mercado financeiro em Wall Street de 1985 até 1987 quando, após a crise financeira daquele ano, abandonou as atividades de "options trader" e se voltou definitivamente para o poker.

Naquela época Erik Seidel tinha 28 anos e passou a se dedicar ao poker em tempo integral.