O evento nº 43 da World Series of Poker de 2022 começou no sábado com 2857 inscritos e neste exato momento apenas dois jogadores permanecem na disputa.
Para nossa alegria um deles é André Akkari, verdadeiro ícone do poker nacional e que só tem o americano Nachman Berlin entre ele e o segundo bracelete brasileiro de WSOP.
Os jogadores voltarão à mesa às 15:00 horas de Las Vegas (19:00 horas de Brasília) e o chip leader é Nachman com 9.465.000 fichas enquanto Akkari tem 3.400.000 em seu stack e os blinds voltam 60K/120K.
Situação extremamente confortável para o brasileiro que tem poker de sobra para alcançar o título e que começou o dia de ontem com apenas 12 big blinds.
O mais impressionante disso tudo é a maneira com a qual Akkari trata as situações vividas nas mesas e fora delas, por mais sérias que sejam ou mais decisivo que o momento se apresente.
Uma das marcas de André é justamente a sobriedade com a dose certa de otimismo, qualidades fundamentais para o sucesso e especialmente necessárias em momentos como este.
E o dia de hoje pode (e vai) ser histórico, verdadeiro marco para o poker brasileiro e para a carreira de Akkari, é uma daquelas situações em que só o primeiro lugar interessa.
Não que o vice-campeonato na maior série mundial de poker seja pouca coisa mas, neste caso, o único resultado que cabe para André Akkari, por tudo que o jogador representa, para todos nós e para o poker do Brasil, é o título.
Que nos perdoe Nachman Berlin, mas seja ele quem for, não é sua hora e se ganhar este bracelete, mais que injustiça, promoverá um desserviço ao poker.
Para os americanos, e muitos outros gringos, o poker continua sendo um esporte individual e só.
Bem diferente do Brasil onde apesar de jogadores praticarem o mesmo poker, da mesma forma (individualmente), o envolvimento de nossa torcida é fora de série, coisa que deixa os representantes de outros países malucos, sem entenderem nada.
E este é mais um dos motivos pelos quais Akkari deve cravar este evento: ele não joga apenas por ele mas representa toda uma nação, como ele mesmo reconheceu em seu blog:
"a torcida aqui ao vivo faz muita diferença, tira completamente a concentração dos gringos, deixa eles loucos, e isso nós faz jogar não somente por nós mesmos mas por uma nação."
Por tudo isso, não é exagero dizer que hoje o Brasil está heads up no evento de nº 43 da WSOP/2011 e não há outro resultado que nos interesse que não seja o título e o bracelete no pulso de um cara que trabalhou muito e segue trabalhando pelo bem do poker nacional, muitas vezes deixando sua carreira em segundo plano para se dedicar integralmente ao nosso direito e à nossa liberdade de praticar um esporte mental legítimo, lícito e saudável.
Não é demais dizer que André Akkari, pela sua história e conduta é, muito mais que a cara do poker nacional, mas a cara do Brasil, aquele país do qual nos orgulhamos sem fazer força cujo maior patrimônio é o seu povo, gente como a gente e gente como Akkari.
Há muito tempo temos orgulho deste brasileiro que além de brilhante jogador é um exemplo para todos nós, sejamos do poker ou não.
E sua história, sua trajetória e todo o seu comprometimento devem ser coroados por uma conquista que também será nossa.
Grande heads up para você Akkari que já é nosso campeão há tempos e hoje será "apenas" o momento de coroar sua carreira brilhante e exaltar a pessoa ímpar que é!
Brasil neles e vamoooooooooooooooooooooooooooo!
Acompanharei todos os momentos desse HU.
Se o Mestre Akkari ganhar, eu volto pro twitter.