O Rugby Brasileiro

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logo_cbru.jpg Já que falamos de MMA (Mixed Martial Arts), além do poker (que ocupa este espaço com maior frequência por motivos óbvios), também há espaço para falarmos a respeito de outros esportes não tão populares no Brasil, como é o caso do rugby.

O rugby brasileiro já tem Confederação fundada em 1972 (com o nome de Associação Brasileira de Rugby) e isso mostra como o esporte é novo no país já que a Argentina, superpotência da América do Sul, teve sua entidade máxima fundada em 1899!.

Nos últimos anos, e em especial no ano passado, muito foi feito pelo rugby do Brasil e a modalidade já começa a colher os frutos dessas conquistas recentes.

Apenas para exemplificar, em 2021 bons contratos de patrocínio foram firmados, o primeiro estádio exclusivo para a prática de rugby foi inaugurado, diversos campos públicos foram criados e, é claro, houve investimento governamental no setor.

Já neste ano, pela primeira vez na história, um torneio de rugby disputado no país foi transmitido ao vivo, o que demonstra o interesse televisivo no esporte e a exposição só pode trazer bons frutos no médio e longo prazos.

E no último final de semana a evolução deste esporte ainda incipiente no Brasil se mostrou verdadeira e efetiva, tendo em vista o ótimo desempenho das equipes nacionais (feminina e masculina) no torneio Sulamericano.

As meninas foram heptacampeãs sulamericanas invictas e já garantiram vaga para etapa de Las Vegas do Circuito Mundial de Sevens de 2012.

Já nosso time masculino também não fez feio, com um 3º lugar inesquecível (e inédito) já que, além da vaga para os jogos Panamericanos de Guadalajara, ainda derrotaram a poderosa seleção argentina, que não perdia uma partida disputada na América Latina desde 1936!

Realmente os comerciais recentes, apesar do tom jocoso e divertido, parecem traduzir a realidade desse esporte:

Fatos sobre o Uruguai:

Fatos sobre a Argentina:

Mais uma vez fica provado que o investimento estatal, a organização de entidades sérias e competentes e a capacitação técnica de profissionais (sejam atletas, comissão técnica ou relacioandos à medicina esportiva) podem fazer toda a diferença e, para os brasileiros, não há limite quando o assunto é esporte.

scrum_mud.jpgPor isso, mesmo com toda a satisfação de se ver tais evoluções, fica também a frustração de se imaginar onde estaríamos no mapa esportivo mundial se tais ações positivas e com foco no desenvolvimento esportivo fossem a regra no país.

E é bom repetir que o poker (quem diria!) tem muito a ensinar todas as modalidades não tão populares no país, consideranto tudo o que foi feito em tão pouco tempo e os saltos exponenciais observados na gestão e organização deste esporte da mente.

Comparando-se com o rugby:

1) Nossa Confederação Brasileira foi fundada apenas em 29 de janeiro de 2009;

2) Já temos títulos mundiais no currículo (individuais) tanto no online quanto nos eventos ao vivo (Alexandre Gomes), além do honroso 2º Lugar no World Team Poker (mundial de equipes);

3) Nosso campeonato nacional, o Brazilian Series of Poker - BSOP, reconhecido pela CBTH e organizado pela Nutzz é um sucesso sem precedentes, sendo na temporada de 2010, tornou-se o maior torneio de poker da América Latina quando na última etapa, realizada na cidade de São Paulo, nada menos do que 1000 jogadores se inscreveram;

4) Desde o ano passado todas as etapas do BSOP têm cobertura da ESPN, algo inédito no Brasil e ocorreu no ano seguinte à fundação da CBTH;

5) Em termos de mídia já temos revistas especializadas (Flop e Cardplayer Brasil), sites de treinamento e informação (Universidade do Poker e TvPokerPro), fórums muito bem conceituados (MaisEv, 4Bet e PokerDicas), isso sem falar em ações esparsas de blogs e outros veículos que tratam do poker com muita propriedade;

6) O investimento de empresas líderes no mercado internacional também chama atenção, pois temos jogadores profissionais que representam os maiores sites do mundo (PokerStars.com e Full Tilt Poker) além de outros contratos de publicidade e parcerias celebradas no mercado brasileiro;

7) Circuitos regionais também foram criados e atualmente as Federações Estaduais já existem na maioria dos estados;

8) No ano passado tivemos pela primeira vez um programa de poker na Tv Aberta (Poker das Estrelas) apresentado na Band por Otávio Mesquita;

9) Mesmo para quem é amador e não possui qualquer meta com o poker, o mero ato de torcer já garante muita emoção pois, no mundo, não há dúvida de que a torcida brasileira é a que mais incomoda nas mesas, tanto que a expressão "Vamo!" hoje já é conhecida por todo o planeta!

10) Já temos escola de dealers, a DealerPro, bem como a ADTP - Associação dos Diretores de Torneios de Poker e a ABCP - Associação Brasileira de Cronistas de Poker.

Fica claro, com esses poucos exemplos, que o poker no Brasil cresceu de forma inimaginável, mesmo com todas as barreiras, o preconceito e a absoluta ausência de incentivo estatal.

O que se conquistou até hoje é fruto da luta de pessoas e da reunião de ações isoladas em torno de um ideal comum de popularização e reconhecimento do esporte, como atividade sadia, legítima e legal.

Mais uma vez repetimos, amparados pelo histórico do poker no país, não há limites para o esporte brasileiro, desde que haja o mínimo de suporte, incentivo e boa vontade.

Que o exemplo das mesas sirva para transformar esta realidade brasileira e que os Jogos Olímpicos de 2016 sejam um marco dessa transformação do esporte no Brasil para todas as categorias e modalidades!


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