Hoje é o último dia de eventos do LAPT de São Paulo e as expectativas não poderiam ser melhores. Além da mesa final do Main Event que conta com 5 brasileiros entre os 8 finalistas, ainda teremos o dia 2 do Evento nº 7 que teve buyin de R$2.200, o Evento nº 11, Beneficente, com buyin de R$ R$200 + R$20 e rebuys ilimitados de R$200 e, finalmente, o Evento nº 12 - High Roller - com buyin de R$10.000 - R$9.600 + R$400.
Mas o que todos queremos é o primeiro título brasileiro no evento principal, algo que ainda não ocorreu na série e que, agora, como foi em Florianópolis no ano passado, parece muito próximo.
Para que o objetivo seja alcançado e o título fique em casa, os brasileiros Márcio Motta, Marcelo Fonseca, João Bauer, Bruno Foster e Henrique Bernardes terão três pedras no caminho. A primeira delas é chip leader argentino Leandro Csome, além do chileno Alex Manzano (segundo em fichas) e o mexicano Santiago Nadal (sétimo em fichas).
E se o tabu não for quebrado desta vez, ainda sim temos motivos de sobra para comemorar. O evento ganhou elogios de jogadores, mídia especializada e definitivamente colocou o Brasil no mapa do poker mundial.
Nada disso se compara a resultados individuais mesmo que o nosso desejo seja ver um brasileiro levantando, pela primeira vez, o troféu de um Main Event do LAPT.
Mostramos ao mundo que ainda não há limites para o poker brasileiro e que nosso mercado é muito forte, líder na América Latina e extremamente profissionalizado e organizado, apesar de ser tão novo e do pouco tempo que tivemos para nos adequar ao que é considerado aceitável para os padrões internacionais.
Como já dissemos aqui, hoje temos circuitos regionais de respeito, o BSOP que é um exemplo de série nacional, diversas ações paralelas (e políticas) envolvendo a estruturação do esporte como a Confederação Brasileira de Texas Hold´em - CBTH e até mesmo a Associação Brasileira de Cronistas de Poker - ABCP (veja a entrevista do idealizador da entidade Amúlio Murta concedida ao portal Superpoker), isso sem falar nas Federações Estaduais e diversas Associações que fazem um belíssimo trabalho de divulgação, popularização e até formação de profissionais para atuar neste segmento.
Não há dúvidas de que o Brasil já venceu e atualmente é uma das potências emergentes deste esporte tanto que, o próprio Secretário Municipal de Esportes, Lazer e Recreação, Walter Feldman, deixou clara a posição o governo municipal a respeito do assunto:
"Não há nenhuma dificuldade portanto, a não ser a hipocrisia, para que a Prefeitura de São Paulo e os governos, nos planos nacional, estadual e municipal, incorporem o poker como qualquer outra atividade."
E o Secretário ainda foi mais longe ao afirmar:
"Nós estamos aqui no centro de São Paulo, no WTC, num evento aberto ao público, com o nosso apoio oficial, nós temos uma carta do prefeito Gilberto Kassab convidando a PokerStars realizar seu evento aqui na nossa cidade. Portanto não temos dificuldade nenhuma, inclusive na argumentação, no debate, para que este evento se realize com muito sucesso aqui em São Paulo e devemos ter outros!"
A escalada do poker no Brasil já é fato e, hoje mesmo, o próprio G1, portal de notícias da Rede Globo, trouxe uma matéria a respeito do jogo, com uma visão bastante realista e desprovida de preconceitos, como era de se esperar. Algo inimaginável há alguns anos quando ainda se confundia poker com os chamados (e proibidos) jogos de azar.
Por tudo isso, não é exagero afirmar que, no LAPT de São Paulo, o Brasil já venceu!
Parabéns a todos nós que fazemos parte deste momento histórico do poker nacional!
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