A morte de Steven Paul Jobs, reconhecido mundialmente como o criador da Apple e, principalmente, de uma nova forma de interação dos humanos com a alta tecnologia, foi a notícia mais comentada na noite de ontem.
E não foi em vão já que seu nome ainda ecoará por muitos e muitos anos com um dos precursores da chamada "era digital" e também como um dos maiores gênios do nosso tempo.
Após a triste notícia muitos já começaram a elevar Steve ao status de messias, guru ou a qualquer outra categoria que mais se aproxima do místico, mítico ou exotérico. Qualidades que ele mesmo, um homem com a mente focada na razão, nas ciências exatas, certamente rejeitaria.
Jobs, apesar de não ter chegado perto da fortuna acumulada por Bill Gates, conquistou o mundo de uma forma diferente, não apenas pelas suas ideias que se transformaram em produtos utilizados em larga escala em todo o planeta, mas especialmente pelo seu carisma. Por isso alguns confundem o empreendedor com um "Salvador", o que se não é verdadeiro ou justo, ainda é compreensível.
Não vamos falar do seu histórico ou realizações já que tudo isso está mais que disponível por todo lado (incluindo aqui) mas da maneira como um cara que ainda bebê foi dado à adoção, aos 20 anos criou numa garagem a empresa que virou marca e referência num mercado mais que competitivo, que foi demitido dessa empresa quando valia US$ 2 bilhões e tinha 4000 funcionários, voltou a empreender, criou o próximo projeto batizado pelo sugestivo nome de "NeXT", comprou uma tal de "Pixar" de uma tal "Lucasfilm" e viu a própria Apple comprar a sua "NeXT" para retornar ao seu projeto pioneiro onde ocupou o posto de CEO de 1997 até agosto de 2011.
O parágrafo acima já demonstra que não tratamos de alguém comum quando se fala em realizações e sucesso mas, a pergunta que fica quando se lê algo sobre pessoas muito bem sucedidas é: "O que ele fez para chegar lá?".
Esta questão nunca é fácil de responder mas o próprio Jobs fornece algumas pistas ou os caminhos a seguir para se alcançar o que cada um de nós chama de sucesso (vejam vídeo no final).
E aqui está um ponto importante já que o tal sucesso não é algo hermeticamente fechado de forma que seu conceito pode variar para cada um de nós na medida das nossas próprias expectativas e de tudo o que nos faz bem.
Neste ponto Steve Jobs afirmou que "seria um cara de sorte pois descobriu muito cedo na vida o que amava fazer". Talvez isso, por si só, já seja sucesso, pelo menos para ele.
E ele encontrou este verdadeiro tesouro sem que nunca tivesse se formado na universidade.
E você, já se encontrou na vida, já descobriu qual o seu talento, o que lhe faz acordar animado e seguir adiante fazendo o que realmente lhe estimula?
Quem sabe cada um de nós possa seguir o exemplo de Jobs e, utilizando as inúmeras ferramentas, programas, e produtos que ele mesmo criou, ao lado de tantas outras disponíveis, encontrar o próprio sucesso e conquistar uma vida plena fazendo a cada dia tudo aquilo que mais desejamos (e acreditamos) como se estas fossem nossas últimas 24 horas de vida.
No final das contas, apesar das maravilhas tecnológicas e dos produtos hoje indispensáveis para muita gente como Ipod, Ipad, Macintosh, o maior legado de Steve Jobs é sua própria história, não como empreendedor, criador de inovações tecnológicas, computadores ou aplicativos, mas como ser humano, daqueles imprescindíveis.
A ele, mais que uma homenagem, nosso muitíssimo obrigado!